A União Europeia finalizou sua segunda lista de contramedidas contra produtos norte-americanos, totalizando 72 bilhões de euros. Essa medida é uma resposta às tensões comerciais em curso entre a UE e os Estados Unidos, provocadas em parte pelas tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio europeus, bem como pelas preocupações com possíveis tarifas sobre automóveis.
Segundo fontes em Bruxelas, a nova lista de contramedidas da União Europeia abrange uma ampla gama de produtos — desde itens agrícolas e têxteis até bens industriais e equipamentos de alta tecnologia. O objetivo dessas medidas é exercer pressão máxima sobre a economia dos Estados Unidos, com foco especial em estados que apoiam as políticas protecionistas do governo norte-americano. Ainda assim, a UE reforça que permanece aberta ao diálogo e à negociação. Como afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen: "A Europa não se deixará intimidar e está pronta para defender seus interesses com base no direito internacional".
As contramedidas, que podem entrar em vigor já em 1º de agosto, têm o potencial de intensificar ainda mais a guerra comercial, impactando negativamente a economia global.
Entre as categorias mais sensíveis estão aeronaves da Boeing Co., automóveis e bourbon. Também serão alvo de tarifas adicionais produtos de engenharia, químicos e plásticos, dispositivos médicos, equipamentos elétricos, vinhos e outros produtos agrícolas. A lista completa, elaborada pela Comissão Europeia, compreende 206 páginas.
Inicialmente, o pacote abrangia produtos americanos no valor de 95 bilhões de euros, mas esse montante foi posteriormente reduzido. No entanto, a aprovação dos Estados-Membros ainda é necessária para que as medidas entrem em vigor. O pacote representa a resposta da UE à chamada tarifa recíproca de 25% imposta anteriormente pelo presidente Donald Trump, que se aplicava à maioria dos produtos, além de tarifas adicionais de 25% sobre automóveis e autopeças. Essa tarifa geral foi temporariamente reduzida para 10%, em um gesto de abertura para negociações. No entanto, no final da semana passada, Trump declarou que, se não houver acordo com a UE até 1º de agosto, as tarifas subirão para 30% sobre todos os produtos.
Durante o fim de semana, a UE anunciou a intenção de prorrogar a suspensão das tarifas sobre a primeira lista de produtos norte-americanos, avaliada em 21 bilhões de euros, aplicada em resposta às tarifas de Trump sobre aço e alumínio. A nova lista de sanções da UE abrange produtos industriais no valor de mais de 65 bilhões de euros, com destaque para aeronaves (quase 11 bilhões), maquinário (mais de 9,4 bilhões) e automóveis (cerca de 8 bilhões). Além disso, mais de 6 bilhões de euros correspondem a produtos agroalimentares, principalmente frutas e vegetais (quase 2 bilhões) e bebidas alcoólicas (1,2 bilhão).
O pacote também inclui instrumentos e equipamentos de precisão (cerca de 5 bilhões de euros), brinquedos e artigos para lazer (mais de 500 milhões), armas de fogo esportivas (quase 300 milhões) e instrumentos musicais (aproximadamente 200 milhões de euros).
Se as relações comerciais se deteriorarem ainda mais, a pressão sobre os ativos de risco — incluindo o euro — poderá se intensificar.
Perspectiva técnica atual para o EUR/USD:
Os compradores precisam agora concentrar-se na recuperação do nível de 1,1700. Apenas essa conquista abriria caminho para um movimento em direção ao teste de 1,1720. A partir desse ponto, uma alta até 1,1750 se torna possível, embora atingir esse objetivo sem o apoio dos principais participantes do mercado continue sendo um desafio. O alvo mais ambicioso permanece em 1,1790. Em caso de recuo, espera-se que o interesse comprador mais significativo surja apenas na região de 1,1660. Se esse suporte não se sustentar, seria prudente aguardar uma renovação da mínima em 1,1625 ou considerar novas posições compradoras apenas a partir de 1,1595.
Perspectiva técnica atual para o GBP/USD:
Os compradores da libra precisam reconquistar a resistência imediata em 1,3455. Somente esse rompimento abriria espaço para um avanço até 1,3490 — um nível que tende a oferecer forte resistência. O alvo mais distante está em 1,3530. Em caso de queda, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3410. Se tiverem êxito, uma quebra desse suporte representaria um revés importante para os compradores, podendo levar o GBP/USD à mínima de 1,3375, com potencial de queda adicional até 1,3346.
